terça-feira, 29 de maio de 2012

ATUAÇÃO DE MÁRCIO THOMAZ BASTOS COMO ADVOGADO DE CACHOEIRA GERA QUESTIONAMENTOS DA SOCIEDADE


Após "aceitar' (por 15 milhões, quem não aceitaria?) patrocinar a defesa do bicheiro Carlinhos Cachoeira, um dos mais célebres advogados do Brasil e ex-ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, vem sendo acoçado pela opinião pública, tendo em vista que, quando foi ministro da Justiça, comandou, por intermédio da Polícia Federal, várias operações que tinha como alvo o agora cliente.

A OAB/SP se manifestou em defesa do advogado, sustentando, em metáfora bíblica, que o advogado "odeia o pecado ao tempo que ama o pecador". Disse ainda a OAB/SP que incorre em erro a sociedade quando confunde a figura do advogado e do cliente.

Em artigo publicado na Folha de São Paulo, o próprio Bastos, defendeu a sua atuação a frente do caso, relatando a sua militância longeva na advocacia e defendendo o direito de defesa do seu cliente.

Disse Bastos, dentre outras coisas, que é advogado há 46 anos, e que foi ministro por quatro. Que a  liberdade do advogado é condição necessário da defesa da liberdade, e que a defesa é tão importante quanto a acusação. Disse também que nada o proíbe de assumir a defesa de alguém com quem não se sente impedido, legal, moral ou psicologicamente, cobrando ou não honorários. E, por fim, citando um advogado americano disse que defende os clientes da culpa legal, deixando os julgamentos morais para a majestosa vingança de Deus.

E vocês, o que acham? Deveria o advogado assumir a causa, ou estaria ele, de certo modo, impedido de fazê-lo?

Comentem.

Abraços e até a próxima.

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