terça-feira, 14 de agosto de 2012

JULGAMENTO MENSALÃO XI: DIA 8


O advogado Bruno Alves Pereira de Mascarenhas Braga, representante do ex-deputado Bispo Rodrigues, foi o primeiro a subir à tribuna do STF no oitavo dia de julgamento da AP 470. O advogado não negou que seu cliente tenha recebido R$ 150 mil do "Valerioduto", mas afirmou que o valor era destinado ao pagamento de dívidas de campanha.

Bruno Braga foi sucedido por Luiz Francisco Corrêa Barbosa, defensor do ex-deputado Federal Roberto Jefferson, delator do mensalão. O causídico, que prometia um discurso inflamado, não decepcionou. Atribuiu a responsabilidade do esquema ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "O presidente da República não é só safo como é doutor honoris causa. (...) Ele não só sabia como ordenou o desencadeamento de tudo".

Na terceira sustentação oral do dia, Itapuã Prestes de Messias, em defesa do ex-tesoureiro do PTB Emerson Eloy Palmieri, acusado de repassar dinheiro do mensalão a parlamentares, recorreu à falta de nexo de causalidade da denúncia para defender o réu. "A Procuradoria-Geral da República não se incumbiu de mostrar a relação de Emerson Eloy Palmieri a esses eventos [saques do partido]".

Após um intervalo de 30 minutos, a palavra passou a Ronaldo Garcia Dias, advogado do ex-deputado Federal Romeu Queiroz. O tribuno procurou demonstrar que os R$ 102 mil recebidos pelo ex-parlamentar foram usados para financiar campanhas em 2004. Também sustentou que "a consciência era de que o dinheiro vinha do PT, mas não havia consciência de ilicitude e sim de uma origem sadia".

O último a falar, Inocêncio Mártires Coelho, em nome do ex-deputado Federal José Rodrigues Borba, acusado de receber R$ 200 mil do "Valerioduto" para votar a favor do governo, declarou que "até a denúncia reconheceu que não há prova material do recebimento dos valores por José Borba".

Fonte: Migalhas

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