quinta-feira, 27 de setembro de 2012

MINISTRO MARCO AURÉLIO QUESTIONA CONDIÇÕES DO MINISTRO JOAQUIM BARBOSA DE PRESIDIR O STF


Um dia após relator e o revisor do processo do mensalão protagonizarem mais um debate acalorado no plenário do Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Marco Aurélio Mello voltou a criticar o tom usado pelo ministro-relator Joaquim Barbosa para se contrapor ao voto do ministro-revisor Ricardo Lewandowski durante discussão na sessão de quarta (26).

Marco Aurélio fez questionamentos nesta quinta-feira (27) sobre a futura gestão de Barbosa à frente do STF. O relator assumirá a presidência do Supremo em novembro, com a aposentadoria compulsória do atual chefe do Judiciário, Carlos Ayres Britto.

“Como é que ele (Barbosa) vai coordenar o tribunal? Como vai se relacionar com os demais órgãos e demais poderes? Mas vamos esperar. Nada como um dia após o outro”, disse o ministro.

O G1 consultou o gabinete do ministro Joaquim Barbosa para saber se ele pretende se manifestar sobre a declaração de Mello.

Na sessão desta quarta-feira (26), em meio a uma das discussões entre Barbosa e Lewandowski, Marco Aurélio interveio para defender o revisor e pediu para o relator : "Policie sua linguagem".

Em outro momento, depois de Barbosa insinuar que o revisor estaria fazendo “vistas grossas” sobre as provas que constam nos autos do processo, Marco Aurélio Mello apartou, mais uma vez, o relator.
"Estamos num colegiado de alto nível. Temos que respeitar os colegas. O senhor não está respeitando", afirmou.

Nesta quinta, pouco antes do início da sessão, Marco Aurélio fez nova manifestação de apoio ao revisor: “Justiça se faça, ele (Lewandowski) mergulhou no processo. Você pode não concordar, mas que é um trabalho a nível de Supremo, é”, disse.

Fonte: G1

Pois é. Eu tenho profunda admiração pelo ministro Joaquim Barbosa, mas devo admitir que ele, pelo menos ao que parece, não tem o menor tato político para ser presidente do STF, cargo que exige, sobremaneira, jogo de cintura e habilidade para amansar os egos inflados dos demais ministros. Sendo ele fogo em brasa, como vai se portar diante de situações onde se deve ter calma e paciência? E mais, como será a relação com os chefes dos demais poderes, com a presidente Dilma, os presidentes da Câmara e do Senado? Terá o ministro Joaquim Barbosa a habilidade de fazer uma visita de cortesia a qualquer um deles para tentar viabilizar possíveis reajustes de orçamento do Poder Judiciário, ou simplesmente soltará declarações bombásticas via impressa, que podem servir ao gosto popular, mas que em Brasília não soam nada bem?! Bom, é esperar pra ver, novembro (mês da posse do ministro Joaquim Barbosa como presidente do STF) está logo ali adiante, mas, a priori, estou com o ministro Marco Aurélio; isto não pinta nada bem!

E vocês, queridos leitores, o que acham?

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Abraços e até a próxima! 

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